sábado, 20 de outubro de 2012

Da Janela





Observo da janela, que há uma pessoa lá fora se despindo. Não é obsceno, não está despindo as roupas, mas as ideias inatas e isso meu caro é vislumbrante, eu me contento. Será que existe mesmo uma pessoa para todo mundo? Onde estar o sentido de ser livre? Até que ponto a verdade, é uma verdade absoluta? Certas coisas eu não entendo, certas coisas me provocam náuseas, certas coisas meu bem não existem. Como saber se existe vida após a morte, se ninguém nunca sobreviveu de fato para contar. Trinta minutos de pré morte e logo percebo que a morte é dolorida. Dói morrer? Dói muito... Isto é melhor do que eu mesma sabia. Tudo que eu falo é para você, é tão difícil perceber? Existem pessoas que não concordam NACAIN, não concordam com o rumo que as coisas tomam, com a intensidade em que te amo, querem me ver feliz, mas... Com outra pessoa, outro amor, um novo amor. É a tal da reciprocidade. Mas eu lamento decepcioná-los isso não acontecerá. A solidão e linda, e em meus pensamentos desconcertados eu tenho tempo para te amar e para te ter em uma eternidade sem igual.
Adoraria ser cúmplice, mas tenho a melhor posição no momento. Eu ainda lembro-me dos dias em que nos encontramos, para você não teve nenhum efeito, para mim obedecia a ideia de desesperadamente te amar em cada segundo em que eu te olhava você é tão cruel. Mas sua crueldade me atrai. Sua luz e convicção me adestram. Obedeço a risca a distância que você impôs a mim. Percebo que consigo flutuar por todo o oceano azul e verde. Percebo que nado da costa leste ao oeste, porque nado? No intuito de que tudo se desfaça, no intuito de adormecer tão profundamente, e tão profundamente me afogar, e anos depois saber que posso submergir. Não há remédio para isso meu bem. Não há consolo significativo. Afundando ou submergindo é sua face que vejo em mim. E então todo o ás vezes que eu fecho os olhos vejo que profundamente se faz dentro de mim a raiz da tristeza, o que fazer? Ah, eu vou cantar para os males espantar. Eu gosto do cheiro suave, gosto da brisa, do vento... Gosto muito mais de olhar para dentro, porque é dentro que o amor brotará. Penso em você todos os dias, porque são todos dias que eu queria que você soubesse não que é amor, mas que é um Eu te amo.
Oh, meu Deus. O delírio me consome, estou falando baixo, mas se você não me ouvir eu vou gritar. É triste NE? Vai consumindo... C-O-N-S-U-M-I-N-D-O. C  o  n S U  m i N D o inteiramente. Essa é a tristeza da primavera e de todas as outras estações.


Dedico a minha amiga: Josielem Lúcio

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