quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Felicidade









Meus sentimentos calados, de tão escritos dão vida a outra vida, dão vida as palavras. Até meu silêncio absoluto condiz com o que eu sinto, porque o que sinto é imensamente, cada pedacinho de sentimento. Já precisei matar alguns desses sentimentos, eu sufoquei-os, mas foi em vão eles permanecem, e vivem... O tempo vai passando, passando e quando eu percebo prega-me um susto intenso, que me tira o ar. Vai passando com as horas, com os dias, os meses, os anos... Todo resto de vida que me sobrara daquele amor que me submeti... Posso não ser a pessoa mais feliz do mundo, até acredito que não há! Mas eu me sinto assim, e eu permaneço assim. Aprendi que tristeza é opcional e que eu sou livre, e quando entendo isto, meu vôo se torna alto! Foi assim que aprendi, e agora nada me impede de prosseguir, não com dor, mas com um lindo sorriso estampado, não um sorriso falso como vejo por ai, mas verdadeiro daqueles que cegam os olhos!
É assim que vou vivendo, enxugando cada lágrima que já derramei.

Dedico á.: NACAIN, pessoa essa responsável pelo meu choro, pela alegria, inpirações...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Crítica

"Se me perguntarem qual o sentimento que considero mais bonito ou mais importante, vou abrir um sorriso e dizer: o correspondido!"
(Martha Medeiros)




Eu, porém... Discordo!
Se acaso me perguntarem qual o sentimento mais bonito, todavia, responderia largamente: "Aquele que Resiste".
O amor é inconstante, nasceu para nos transbordar, para além de amar, se doar por inteiro, não importa quem, não importa onde e nem como. É amar sem fronteiras...
O amor correspondido é bonito. Mas o amor não correspondido é luz, é crescimento espiritual, encontro de almas e vivacidade no sorriso. É percorrer caminhos áridos, sabendo que não é em vão, sabendo que é necessário, e tendo plena certeza de que é compensatório, uma vez que é por amor, e para o amor. Ele é mais importante porque nos alimenta, é aonde descobrimos a intensidade dos sentimentos, a voracidade deles e como viver sem o outro! É descobrir que na sala de espera, junto a nós a uma diversidade tão grande de pessoas especiais, que são capazes de nos atrair por anos, e, no entanto não são capazes de continuar nos invadindo, porque mesmo que saibamos que o amor que sentimos não é recíproco, somos salvos por saber que é tão eterno, verdadeiro, e construtivo para continuar a caminhar, não sentindo dor por não ter, mas sentindo amor por "ser".
  AMAR È DIVINO   


sábado, 15 de dezembro de 2012

As Loucuras de Todos!

Estava eu lá, deitada. Em um estado cômico! Minhas pálpebras pesadas. Estava eu lá, mórbida, jogada sobre a cama. Sentindo o efeito de uma planta que mobilizou meu sistema nervoso. Ria do vento que fazia cócegas em meu corpo, ria do papel de parede que dançava em minha frente, ria da minha própria miséria. Reza a lenda que esta planta é capaz de curar, e se não curar, ao menos ameniza a dor, mas, sejamos sábios em admitir, que algumas lendas são rezadas erradas. Desliguei meu consciente, e fui buscar em meu inconsciente, algo que estava preso, e libertar, por pra fora, algo que queria ser lembrado. DÓI. Senti que aquela lembrança iria doer, eu iria sofrer as contrações de seu parto, mas era necessário varrer, algumas coisas não podem ser esquecidas, porque são ensinamentos da vida. Aquele particularmente doía profundamente, e de tão profunda a dor, se percebia, que aquele, era um ensinamento grande. Aconteceu comigo.:
_Estava eu em um mar profundo, (metáfora). Um mar de melancolia que me arrastava cada vez mais ao inferno, (metáfora). Inferno este chamado dor, ou sofrimento, mais seria mais lindo dizer: "Desencantamento da Vida". Corri euforicamente, peguei a navalha, cortei as veias, os pulsos, a barriga, o rosto. Sofri... Meu Deus! Como eu sofri. Era sangue pelo apartamento todo. Queria eu deitar e esperar a morte chegar, algo mais forte me prendeu ao guarda roupa. Eu entrei lá, e fiquei esperando, esperando, esperando em vão. Fui socorrida. Humilharam minha tentativa. Soro nas veias, curativos por toda parte, remédios pulsando minha cabeça. Há, e aquele branco, ele era saudoso, doía tanto os olhos, mas não o deixava de contemplá-lo. Decidiram que eu estava bem, recuperaram a vida. Fui para casa, dois dias e lá estava eu novamente sem navalha, sem nada cortante, tiraram-me! Mas avistei ao longe um copo, meu sangue fervia, hesitei por um segundo, estava exausta de tanta dor...
                         DOR
                                   D
                                      O
                                         R
                                             DOR!
Há, quebrei-o e cuidadosamente escolhi  a melhor ponta, cortante, cortou-me e fu deitar. Socorreram-me, decidiram que era necessário interver. Levaram-me! Fomos para a Capital, era um hospital grande, desses bem agitados, com gente morrendo, e gritando. Mas os pacientes eram um tanto quanto diferentes, assim, julguei de antemão. E de fato era.  Fui concebida bem no ventre daquele hospital. Fizeram-me perguntas, (serrei os dentes, calei-me). Olharam meus cortes. Havia gritos em toda a parte. Dizia-se: "Gritos da loucura". Eu os via lutar pela sua liberdade, mas eram atacados brutalmente, por golpes de dosagens de: Haldol, Lítio, e o mais cogitado entre os pacientes, Rivotril. La na fantasia de suas emoções, e de suas cabecinhas, eu conheci: Adriana, não era este o teu nome, mas assim o chamavam. Sem nome, sem família, sem amigos, nem prestígio, sem idade. Adriana despojava da loucura. Era de uma amabilidade constante. Fazia cócegas em "si" mesmo, conversava com uma estátua que ficava ao lado esquerdo do hospital, depois do corredor dos banheiros. Contava-lhe segredos. Ouvi um ao passar... Não irei contar, porque é confidencial, mas lhe afirmo: "Primeiro- Ela era sadia mentalmente. Segundo- Ela respeitava a vontade da natureza, e a origem de seus pensamentos. Terceiro- Queria sair dali".
Lembro-me! Madrugada. Todas as malditas madrugadas, eu sentava a espera do psiquiatra ao lado de minha mãe, e todos os dias nesse horário absurdo, onde o sono tentava-me derrubar, era impossível pregar o olho, uma vez que sempre havia: Gritos, gritos, gritos, aqueles malditos gritos, até hoje me sonda nas noites. Ás vezes eu ouvia: SOCOROOOOOOOOOOoo. Pensava comigo: Dói, mais é profundo e verdadeiro. Os gritos eram de dor, era de avivamento. Quando dizemos algo e ninguém nos ouve, haverá então o desejo de gritar, para que nos escutem. E era assim que faziam, sentem necessidade. Agarravam-lhe chegavam uma tropa de enfermeiros, com um médico, e atacavam-no e aplicavam remédios que os golpeavam, por dois até três dias seguidos. Os médicos nos acham doentes, não, não somos. Apenas fantasiamos coisas para sobrevivermos, e com todos aqueles remédios tornava-se tão difícil. Eles achavam-se o dono da razão, inteligentes, bradando com o diploma na mão, mas eram de fato incapazes de entender. Bleno via alienígenas, Mara era atacada por baratas, Pedro lutava na guerra da União Soviética, Adriana apenas queria voar, acreditava nas ninfas, sentia-se perseguida, sentavam-se todos os dias no mesmo banco, e ficava lá, mórbida, intacta!
 (Matou-se tragicamente, em uma manhã, onde havia no plantão seis médicos, e na rotina de enfermagem, oitenta e quatro enfermeiras, ninguém viu, ninguém ouviu - fizeram silêncio). E eu? O que eu fazia lá, além de observar? Eu estava lá por amor, não era manifesto de loucura, era transbordamento de amor, a loucura era pouca, mas os alagamentos de amor eram GRANDES.
Amor verdadeiro, desses que quase não se vê mais, não estou me referindo a esses amores joviais que presenciamos estes que com uma semana de namoro, já largam desprovidamente, um eu te amo, da boca para fora, brincando com si mesmo e com o outro. Não, não. O que eu sentira era realmente verdadeiro, desses que nasce no olhar, desses que eu te amor, ainda assim se torna pouco para expressar, um amor que me fazia transbordar de dentro para fora, de fora para dentro e vice e versa. Eram transformações, desses de se doarem-se por inteiro, destes que os poetas sentiam que cronistas têm medo. Se eu me arrependo? NUNCA, e por nada! Sofreria novamente,  repetiria inúmeras vezes cada lamento, choro, cada dor...
Não é necessário ter NACAIN, o que me convém, o que me satisfaz é que receba este sentimento de bom grado.
Satisfaço-me em saber que:
* VOCÊ ESTÁ BEM, ONDE ESTÁ.
* ESTÁ COM QUEM AMA. (ACREDITO)
* SABER QUE DEDICO-LHE UM AMOR TÃO LINDO, COM PALAVRAS TÃO SINGELAS, E QUE REALMENTE VOCÊ É DIGNA, REALMENTE VOCÊ MERECE, PORQUE EM UMA PALAVRA EU TE DEFINERIA COMO: ESPETACULAR ( E O FAÇO DE BOM CORAÇÃO)
* PORQUE DE TODAS AS PESSOAS FOI VOCÊ QUE O DESTINO ESCOLHEU PARA QUE EU AMASSE. ( E AFIRMO.: NINGUÉM MERECE TANTO QUANTO)
* PORQUE DE TODOS OS SORRISOS É O SEU QUE: RESPLANDECE!

NACAIN, por amor e inspiração lhe dedico as frivolidades que eu cometi com a vida, não por você, não, isso não, mas por amor que sinto á você!  Eu aprendi que nenhuma loucura é inválida, para aqueles que sonham em viver, o que sonharam.
( O mundo, as pessoas e suas mesmices, em prol das ridicularidades. Que os fazem ser imagem e nunca espelho. ) - Amo-te porque és: Espelho!
Te amo no encontro de nossas almas silênciosas, mo amâgo do ventre da vida. E em cada asana que tu praticas.


Obs.: Preservei o nome de todos, os substituindo, por: Pseudônimos!
Esta é Realidade da  vida em: Memórias.
Só tenho a agradecer!
Dedico a NACAIN, sempre.

O PSIQUIATRA faz seu papel, e é um papel fundamental, para silênciar as agitações que não sob controle pode trazer consequências drasticas. Respeite-o! A opinião dele pode salvar-lhe não só a vida mas alma.
Psicoterapia - É de suma importância e fundamental!

Atenciosamente: Lílian Matos - Bye!


                  ( REFLITA - A VIDA NÃO PARA)

Trecho do meu novo livro. Saboreie!


Ato - 1
Sobre o céu estrelado.

Dizia ela, ruidosamente como de "si", para o "mundo".
_ É só sorrir, é apenas arreganhar os dentes, e não temer. É seguir em frente sem cair, e se eu cair, é só levantar. Não é necessário dificultar. Se eu perder o foco, pego o batom, desenho em meus lábios, jogo um olhar inquiridor. E digo estupefata.: É só prosseguir, não lamentar o tempo em que eu cai, levantar e branda, não perder a pose, ser feliz. É não deixar o amor que deveras ser verdadeiro para traz. É olhar para o horizonte e seguir, porque no fundo é lá que você está! E pra lá que eu vou, não para estar com você, mas para de perto te amar, te proteger. Sem comprometer-mos!

Obs.: Trecho do meu novo livro, só para você darem uma espiadela...
Escritora: Lílian Matos.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Quando eu Morrer!


Quando eu morrer, deixo-lhe minha criadagem, para te servir. Deixo-lhe as luzes reluzentes, e também a máquina de escrever, que tanto manchou de tintas papeis brancos, com palavras, das quais tanto digo que a amo. Também deixo a xícara de café, talvez esteja frio, e amargo, mas leve ao fogo, e quanto ao amargo, açúcar refinado resolve. Deixo-lhe meus óculos qual faziam meus olhos enxergarem, deixo-o também, o copo de whisky, aliás meu velho companheiro de inverno e outrora angelical como morar ao sul. Deixo-lhe incontáveis sonetos, entre eles o de felicidade, amor, tristeza, dor, sofrimento, e até mesmo ódio. Deixo-lhe meu passado, está a esquerda em uma gavetinha, toda empoeirada. Ficarão para você também, meus livros, todos com rabiscos onde me decifra, e onde lhe decifra, o juntamente de tais palavras e pensamentos forma o que "somos" e o que nos "tornamos", durante dos estes malditos anos, longe um do outro. Deixo minha coleção de suas fotos, pedrinhas que impediam meu triunfo, minha passagem!
Deixo-lhe, um lindo relógio parado. Não está parado de velho, está parado propositalmente, parado para que fique no tempo exato, na hora errada de quem o olho, o intuito, disso? Ah, meu bem... Isto é só para lhe ter para sempre! Parece cômico tudo isso? Direi-lhe o que é cômico, quando por ventura, poder saber o que é naufragar em sentimentos devaneios, o que é chorar em noite de lua cheia, e sentir desprezo pela quimera. E então acha isso cômico, todas estas coisas continuam sem valor, ou sem sentido para você? Quero que fique com estas coisas, na hora de minha morte. Porque eu fiquei com os resíduos que você me deu, na hora de sua vida.  Deixo-te também meu globo, era uma forma de eu ver o mundo, de possuí-lo, e de estar em todos os lugares, era apenas uma forma, não é necessário você dar sentido a isso, apenas cuide-o! Ao fim de tudo, cuide de você, não me pertenceu teu corpo, mas me pertenceu de um jeito mais singelo, mais penetrante, mais marcante, e delirante. Pertenceu-me em minhas fantasias, em alegorias, em pensamento... Quando eu morrer, deixo-lhe absolutamente tudo, e do mais tudo que He deixo entrego meu amor, que em vida a ti já pertenceu.

Dedico á: NACAIN, por amor, e eterna inspiração!