A sinceridade, todos querem. E de fato, admito que seja sincera com todos.
Mas há um problema... Qual? Não querem ouvir a sinceridade. Começo a lhe falar
qual o real problema, qual a real situação, e der repente você me interrompe. E
dai a minha sinceridade passa a ser ciúme, a minha sinceridade passa a ter um
som de: “Não tem nada haver”. O meu silêncio agrada mais, o meu silêncio te faz
feliz. O meu silêncio é o melhor para todos, mas eles insistem em dizer que
querem ouvir, mas me calam.
Sabe o que me decepciona? Olhar para mim e ver tudo que eu mesma construí
para mim, sou a garota certa, meu maior defeito seria então falar... Ou me
calar por medo de te perder. Não sei talvez, onde está beleza, me acho chamorsinha,
não sei onde está minha toda inteligência, me acho espertinha, eu não sei onde estou
eu, quando você me decepciona, onde estão minha voz, minhas palavras. Não, não,
não! Você realmente não tem a capacidade de se sentir como eu me sinto, porque
você vai sempre dizer que não entende, e eu vou sempre "dizer tudo
bem" ou "ta tudo certo" e "me desculpe". É o que faço
de melhor. Talvez seja essa toda a minha beleza que vocês procuram, talvez seja
isso o que encanta, não do tipo a desvairada, mas meu Deus ser for isso, se
esse for o motivo, meu Deus: Isto é Cruel. O que você quer que eu faça agora?
Ah, sim... Eu não posso falar disso, NE? Porque é um assunto banal, porque não
tem nada haver NE, porque não é grave, é só uma coisinha de nada. E talvez eu
não deva também fazer mais nada, pois não nada tem absolutamente nada haver. A
vida nos prega uma peça ás vezes tão boa, mas nem toda peça é só um gênero, há
o drama também, o humor.
É tão difícil assim? Se for... Vou para frente do espelho e dizer: VOCÊ TEM
QUE MUDAR. Ou vai morrer sem poder falar, sem poder ser ouvida. Não adianta
dizer que quer me ouvir o que pra você é besteira, não causa o mesmo efeito em
mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário