sábado, 4 de setembro de 2010

Necessidade em ficar só.

     No silêncio da noite, em um intervalo de luz, diretamente em conexão com a lua e ás estrelas, senti na pele o que sente o caçador, em busca da sua caça. Embora não seja de minha vontade caçar, sinto-me perseguida e obrigada a fazer exatamente o que o mundo me obriga. Foi por amor, foi por você, que meus olhos cheios de lágrimas se entorpeciam e se perdia em meio há uma tristeza incomparável.
   Quando por tanto decidi minha vida mudar, não tinha mais forças. E o texto? O texto há esta hora já se tornara incoerente, e minha vida já não mais fazia sentido. Triste ter que te olhar somente em uma foto, onde já fiz tantas interpretações, que já não há mais nenhuma a comparar.
    Depois que colhi tantos espinhos, desejo então ver flores, mas ainda vejo somente os espinhos. Não entendo. Devo ter me perdido, devo ter me esquecido... Havia muitos anos em que eu não mais sorria e sobrava do meu nome apenas o escândalo que eu mesma fiz, porte amar demais. Estou consagrada para luz que não existe creio eu. Não a encontro nunca pelas ruas onde eu ando, e isso é ruim? Não sei...
Fico só e me encontro novamente, pura e feliz, pura sim, feliz é que é a incerteza. Sinto-me grande quando estou só, e meus pensamentos são claras como águas transparentes, posso até por um véu sobre minha cabeça. Quando acordo e vejo que sou obrigada a participar de um mundo lá fora. Inquieto-me, arrepio-me até a alma. Então eu abro a janela respiro fundo... Mas nunca dá certo. Eu não concordo, não sei explicar, não estou te esperando, mais vivo a te esperar, é complicado, é absurdo, talvez loucura, mas você doçura, só posso chamar de uma coisa AMOR meu tempo, minha ilusão, meu desentendimento.

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